Violência e a Humanidade

Por parte de ON'N'ON, vemos a criação e o amadurecimento da humanidade, de forma que só Justice poderia fazer. O clipe, apesar de claramente associar-se à teologia cristã, demonstra, ironicamente, tudo em explosão, olhe mais de perto esse vídeo e dará para viajar nos sentidos apresentados.
 Seguimos, então, para Civilization, onde podemos ver a decaída da civilização, em quote, "a batida de milhões de tambores, o fogo de milhões de armas, a mãe de milhões de filhos, civilização", onde tenta entender o desenvolvimento e a ruína das sociedades, espelhando as várias que já existiram.

Então podemos ir para o Stress, onde vem a discussão.

Com a direção de Romain Gavras, a violência gratuita do vídeo de “Stress” assusta. O clipe da dupla francesa Justice retrata a onda de violência ocorrida na França, grupo de jovens violentos que muito se assemelham ao contexto de Laranja Mecânica, buscando e obtendo satisfação apenas no ato de violência.

Daí surge a pergunta: mas qual o propósito?

Se violência alguma tem propósito é uma outra discussão, porém, o que coloco em questão é a violência gratuita. Hobbes afirmava que o homem em seu estado natural é mal e apenas “se comporta” pela necessidade de viver em sociedade; a experiência da prisão de Stanford não fica muito longe de tentar provar isso.

A humanidade orgulha-se de ser racional, de ter consciência de suas ações e escolhas. Por que tendemos à agressividade se reconhecemos que precisamos um do outro para sobreviver? Por que guerras, intrigas e julgamentos?

Porque viver em sociedade também demanda status. Alguém tem que sair por cima, estar melhor do que o outro. Alguém tem que ser mais rico, mais popular, liderar. 

Violência gratuita não vem do nada, vem da opressão de um status social. Talvez venha de que a sensação de infligir dor ao outro seja a ilusão de poder, a ilusão de que você é melhor porque consegue pisar em alguém, provar que exista alguém pior do que você.

Portanto, a meu ver, a violência é gratuita porque não tem propósito, vem de um desejo de satisfação própria, medida apenas na mente de quem inflige, uma revolta contra a situação que a pessoa se encontra e que, mesmo assim, não pode ser justificada.

(The Imitation Game - 2014)

Agora para dar uma aliviada no ambiente, deixo D.A.N.C.E. para vocês, uma homenagem da dupla ao ídolo Michael Jackson: